Luciano Palumbo
Enviado a Nimes/FRANÇA
Tudo por ali é muito simples e bacana. Nîmes mistura a história espanhola e romana e se destaca pela preservação de seus monumentos com o selo da Unesco espalhado pela cidade. O aspecto mescla o velho e o novo, sempre. A pequena cidade da região de Languedoc-Roussillon, no sul da França, tem mesmo é uma história riquíssima para mostrar.
A cidade que mistura influências espanholas e romanas, expressa – por meio de sua arquitetura – a importância histórica do desenvolvimento da França. A grandiosidade de suas construções, sejam os templos, a arena, as fontes ou praças atraem aos olhares atentos, o contraste que vai do antigo ao moderno de uma maneira sutil, integrada e, principalmente, harmônica.
Com quase 150 mil habitantes, Nîmes é considerada a cidade que tem o maior sítio arquitetônico bem conservado da civilização romana fora de solo italiano. Segundo a guia de turismo que nos conduziu por Nîmes, Sophi Wildbolz, o perfil do turista que vai à cidade é completamente diferente.
“Jovens, estudantes, aposentados, famílias! Todos os turistas vêm a Nîmes em busca de conhecer a história e a cultura. Os monumentos são os grandes atrativos. Mas o destino ainda contempla segmentos de gastronomia e compras muito grande”, afirmou ao TurismoEtc.
Nîmes tem diversas opções para compras e gastronomia. É verdade! Lojas de grifes, restaurantes estrelados pelo Michelin, bares e cafés estão espalhados por toda a cidade. A hotelaria também corresponde ao “padrão” de qualidade dos monumentos históricos. São hotéis boutiques, bandeiras de grandes redes e hostels para todos os bolsos e necessidades. Museus e vida noturna integram o calendário de eventos da cidade.
TURISMO EM NÎMES
A qualidade de conservação e infraestrutura dos monumentos para o turismo é realmente impecável. Os principais pontos turísticos – a Arena, a Maison Carré e a Tour Magne – oferecem atendimento diferenciado para o turista esteja ele desacompanhado ou não (com a presença de um guia ou familiares, por exemplo). Os locais vendem ingressos como se fossem “combos” e oferecem acesso com guias auditivos gratuitos e em diversos idiomas.
SAIBA POR ONDE PASSAMOS EM NÎMES:
Na Arena de Nîmes – o local é datado de 27 a.C. e considerado o anfiteatro mais bem conservado do mundo – é possível conhecer toda a história da construção, de seus gladiadores, do formato de construção, entre outros. A planta oval permite assistir aos espetáculos de ângulos diferenciados com visão total do espaço. Na época, a capacidade era de 24 mil espectadores. Hoje, o lugar além de abrigar um museu de história “própria”, ainda serve de espaço para a realização de shows, concertos, espetáculos de dança e, é claro, corrida de touros.
De acordo com a encarregada de imprensa do Escritório de Turismo e Congressos de Nîmes, Véronique Allen, na lista de desembarques, os turistas espanhóis estão no topo. Eles são seguidos por ingleses, alemães, holandeses, italianos e norte-americanos. O Brasil figura como o 13º nesta lista.
“No ano passado, foram mais de 593. 055 mil turistas contabilizados nos monumentos históricos. Na Arena foram mais de 338 mil. A Maison Carré recebeu mais de 145 mil visitantes e a Tour Magne, outros 109 mil turistas”, disse. A cidade tira daí o fluxo anual, já que pelas fronteiras abertas não consegue dimensionar a entrada de visitantes. Em 2014, foram mais de 220 mil visitantes que passaram por ali.
Outro ponto marcante da cidade é a Maison Carré. O monumento romano erguido há dois mil anos já serviu como templo [vale ressaltar que o formato é para lembrar os templos de Apolo], sede de governo durante um período da Idade Média, prefeitura pós-Revolução Francesa e, hoje, é um museu de história que recebe turistas internos e estrangeiros e grupos escolares.
No interior, o local que era transitado apenas pelo sumo-sacerdote deu lugar a um mini cinema que projeta a história da cidade desde a sua fundação pelos Celtas, invasão romana e outras curiosidades. Logo ali, bem pertinho, os jardins de La Fontaine embelezam o centro da linda e charmosa Nîmes. No local ainda é possível ver as ruínas do templo de Diane.
DICA
Se estiver em Nîmes e quiser comer algo bem bacana a um preço justo vá até o Le Restaurant aux Plaisirs des Halles. O restaurante tem dois garfos do Guia Michelin, mas vale muito mais que muitos estrelados por aí. Para se hospedar, a dica é um hotel bem perto da Arena, trata-se do L´Amphitéâthre. O hotel é pequeno, mas é bem aconchegante. Valem os euros ali. É barato também.
CURISOSIDADE
Nîmes é uma cidadezinha conhecida por duas coisas: as arenas romanas e o jeans. O nome “denim” em inglês vem de lá, ou melhor, “de Nimes”! Aqui começou a produção de calças que eram vendidas para os americanos.
COMO CHEGAR
Localizada a apenas 56 quilômetros de Montpellier, Nîmes tem fácil acesso na região. É possível pegar um trem até lá. A viagem desde Paris leva quase 3 horas de trem rápido TGV. Saindo da estação, caminha-se 10 minutos pela Esplanade Charles de Gaulle até a Arena de Nîmes – o anfiteatro romano da cidade.
O TurismoEtc viajou a convite da Atout France, voando Air France e com seguro de viagem da Intermac.