Enquanto são pequenas, as oncinhas serão monitoradas via armadilhas fotográficas, explica o ICMBio
Que notícia mais bacana – e fofa! O Parque Nacional do Iguaçu e o Projeto Onças do Iguaçu anunciaram, no final do mês passado, que a onça-pintada Atiaia é mãe de três lindos filhotinhos. Eles devem ter cerca de dois meses de idade.
O primeiro encontro com Atiaia e um de seus filhotes, relata o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo parque nacional, foi registrado no dia 28 de julho. Não é a primeira ninhada da onça, que já é mãe de Caiuá, um macho de dois anos que não depende mais dela.
“As onças-pintadas são animais que ocorrem nos principais biomas brasileiros, com diferentes graus de ameaça de extinção em todos. Na Mata Atlântica, bioma no qual o parque está inserido, o animal está criticamente ameaçado com menos de 300 indivíduos em todo o bioma. No Parque Nacional do Iguaçu o último censo de 2016 estimou que a população está em torno de 22 indivíduos com tendência a crescer”, explica o ICMBio.
“Considerando as onças da Argentina e da região do Turvo, são cerca de 100 animais, ou seja, um terço de toda a população estimada na Mata Atlântica, isso só mostra a importância desta região para a conservação da onça-pintada”, conta a coordenadora executiva do Projeto Onças do Iguaçu, Yara Barros. “O nascimento das três onças, não só é uma grande esperança para a Mata Atlântica, mas também significa que a mãe está muito bem de saúde”, emenda Yara.
“Enquanto são pequenas, as oncinhas serão monitoradas via armadilhas fotográficas. A partir de um ano e meio, os filhotes vão receber um colar para monitoramento remoto que vai fornecer informações valiosas sobre os hábitos desses animais. As onças são animais solitários e geralmente machos e fêmeas só se encontram para acasalar. O esturro (som emitido pelo animal), a urina e as fezes são elementos utilizados para demarcar território e evitar encontros com machos mais distraídos.”
“Filhotes mamam até os dois meses e só então começam a comer carne de caça trazida pela mãe, como parece ser o caso dos novos filhotes de Iguaçu. Aos seis meses, eles acompanham a mãe nas caçadas quando já se preparam para começar a vida adulta. Entre um ano e meio a dois eles se separam da mãe e vão em busca de seus próprios territórios”, explica o ICMBio.
O Projeto Onças do Iguaçu tem como missão conservar a onça-pintada como espécie-chave para a manutenção da biodiversidade da região do Parque Nacional do Iguaçu. A equipe estuda o deslocamento, comportamento, dieta das onças e monitora os animais por meio de armadilhas fotográficas. Também atua junto à comunidade levando e obtendo importantes informações para a convivência harmoniosa entre pessoas e onças.
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