Luciano Palumbo
Enviado ao Vale do Loire, na França
Quem já “viajou” e quis se hospedar num castelo? Ou melhor, quem nunca quis conhecer esses castelos que aparecem em filmes ou contos de fadas? Na França, para ser mais específico, no Vale do Loire – tudo isso é possível. O local ainda é conhecido como o “Jardim da França” e o “Berço da Língua Francesa”.
Ali se destacam – sem o menor esforço – as belezas a arquitetônicas e históricas nas cidades de Amboise, Angers, Blois, Nantes, Orléans, Saumur e Tours. Em especial, os famosos “châteaux” como o Castelo de Amboise, Chambord, Villandry e Chenonceau e os vinhos famosos da região de Chinon.
Menos conhecidos – porém não menos interessantes –, existem alguns castelos medievais como o Château de Rivau, o Château de Langeais e a Fortaleza Real de Chinon. No geral, a paisagem do Vale do Loire, particularmente, os seus muitos monumentos culturais, ilustram um grau excepcional dos ideais do Renascimento e do Iluminismo na Europa Ocidental dos séculos 15 ao 19.
VEJA O QUE VIMOS ALI:
Atualmente, grande parte destes “châteaux” abrem suas portas para visitas turísticas, enquanto outros são exploradas como hotéis ou albergues. Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde o ano 2000, o Vale do Loire é ideal para se visitar de carro, por sua grande oferta de atrativos e por estar a apenas 200 quilômetros de Paris.
Muito melhor do que fazer o percurso entre os castelos em apenas um dia, a ideia é se hospedar por ali e buscar com “calma” as peculiaridades da região aproveitando o melhor da gastronomia e dos vinhos produzidos “ao luar”.
CHATEAUX
São muitos os castelos que valem ser visitados por ali. O turismo, no entanto, vai além do valor arquitetônico. A história da França pode ser contata, particularmente, em cada um destes empreendimentos que hoje funcionam como verdadeiros museus de “história viva” na região. Nossa viagem ao Vale do Loire passa pelos Castelos de Villandry, Blois, Chambord, Amboise, Clos Lucé e Chenonceu. Ali é possível conhecer jardins históricos, ver onde Leonardo da Vinci viveu seus últimos anos de vida ou conhecer a história do triângulo amoroso entre Catarina de Médicis, Diana de Poitiers, respectivamente rainha e amante do rei Henrique II.
VILLANDRY
Um local que deve ser visitado com sol. O Castelo de Villandry se destaca mais pelos seus belos e ricos jardins renascentistas do que pela obra arquitetônica ou história, em geral. Ali são quatro jardins em diferentes pavimentos que simbolizam o amor, o sol, o cultivo de alimentos e a água.
AMBOISE
O Castelo de Amboise nasce, literalmente, à beira do Loire. O local foi palco de antigas disputas da realeza francesa e teve muito mais da metade de sua construção destruída com o tempo. Apenas um quinto do castelo original chegou ao nosso tempo. O jardim suspenso tem o título de primeiro terreno a ser ajardinado em toda a França. Ali, ainda, Leonardo da Vinci que viveu e trabalhou alguns anos na região está enterrado.
BLOIS
O castelo foi residência de sete reis e dez rainhas da França. O Castelo não é muito diferente ou mais notável que os outros, o grande diferencial ali são seus interiores e pátio. Os aposentos também estão preservados com todo o luxo da época. Em Blois, ainda há o Museu de Belas Artes. No pátio, com sorte, é possível assistir a alguma encenação de duelo medieval.
CLOS LUCÉ
O Castelo do Clos Lucé foi a última residência de Leonardo da Vinci. O local – hoje abriga um parque dedicado ao artista toscano – funciona ainda como museu onde apresenta um conjunto de intuições que Leonardo da Vinci teve como engenheiro civil e militar, botânico, arquiteto e músico. Ali é possível visitar o quarto do artista, seu gabinete de trabalho, a cozinha, as salas renascentistas e capela, entre outros.
CHENONCEAU
Na minha opinião, este é o mais romântico dos castelos francês (pelo menos, dos que pude conhecer). O Châteux Chenonceau é – verdadeiramente – a personificação da ilustração dos contos de fadas. O castelo construído sobre pilares que ataravessam o rio Cher, é conhecido como o “Château des Dames”, por causa das sete senhoras poderosas que mandaram na propriedade. Entre elas, a mais célebre, Catarina de Médicis, que ocupou Chenonceau depois de enviuvar de Henrique II (e promoveu ali algumas das festas mais espetaculares já vistas no vale dos castelos).
CHAMBORD
Tido como o maior castelo do Vale do Loire, o Château de Chambord foi construído para dar apoio às expedições de caça de François I, que já tinha dois châteaux nas redondezas – os de Blois e de Amboise. A visita ao interior vale pelas escadas em dupla hélice (duas escadarias em espiral que se abraçam, mas não se comunicam) que levam ao terraço, onde as torres ganham uma dimensão surpreendente.
COMO CHEGAR
O Vale do Loire é acessível por trens que ligam Paris a Angers, Tours e Blois. Há também uma série de operadoras que fazem excursões passando pelos principais castelos e cidades da região. No entanto, o melhor mesmo é alugar um carro e fazer seu próprio trajeto, sem paradas apressadas.
O TurismoEtc viajou a convite da Atout France, voando Air France e com seguro de viagem da Intermac.
**Atualizado em 20 de janeiro de 2016