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Avenida Paulista ganha novo espaço cultural

Publicado por: Da Redação / Publicado em: 19/09/2017
Entre os destaques da abertura está a exposição de 83 imagens fotográficas da coletânea “Os americanos” (1924), obra de Robert Frank, (foto Rovena Rosa/Agência Brasil)

DA AGÊNCIA BRASIL

De casa nova em São Paulo, o Instituto Moreira Salles (IMS) inaugurou esta semana o mais novo espaço cultural da Avenida Paulista, cartão-postal da cidade onde tem sido expressivo o crescimento de atividades do gênero. Localizado próximo à Estação Consolação do Metrô, no número 2.424, o IMS vai oferecer ao público uma programação variada entre exposições, shows e cinema, mas sem deixar o foco de sua vocação: a arte da fotografia.

Entre os destaques da abertura está a exposição de 83 imagens fotográficas da coletânea Os americanos (1924), obra de Robert Frank, o sueco-norte-americano que pertence à coleção da Maison Européenne de la Photographie, de Paris.

A obra de Robert Frank retrata imagens captadas ao longo de nove meses de trabalho pelos Estados Unidos. Entre 1955 e 1957, o repórter fotográfico percorreu os mais diversos lugares daquele país, registrando o cotidiano de uma nação que sofreu os impactos dos grandes conflitos mundiais. Ele produziu mais de 28 mil fotografias em um projeto desenvolvido com o seu amigo fotógrafo Walker Evans. Juntos revelaram cenas que retratam a questão social, econômica, cultural e política.

Também poderão ser vistos os livros e os filmes, desenvolvidos por Frank em parceria com o editor e impressor alemão Gerhard Steidl. Serão exibidos 25 títulos entre curtas, médias e longa-metragens entre os quais Pull My Daisy (1959). Faz parte ainda da produção cinematográfica Cocksucker Blues (1979), um documentário sobre a turnê mundial de 1972 da banda de rock Rolling Stones.

O curador de Eventos do IMS, Lourenzo Mammi, informou que a exposição inclui fotografias tiradas por Frank na América Latina. Alguns destes registros retratam cenas urbanas captadas em curta passagem por Belém, no Pará.

O TAMANHO DO IMS
As primeiras cinco mostras ocuparão 1.200 metros quadrados. De acordo com o curador, essa unidade passou a ser a maior das três existentes no País. Além dessa, tem um IMS em Poços de Caldas (MG), a unidade mais antiga, e outra na Gávea, no Rio de Janeiro, onde era a residência da família Moreira Salles. Até novembro do ano passado, a mostra de São Paulo ocupava uma pequena galeria dentro de uma instituição financeira, no bairro de Higienópolis.

O novo prédio foi erguido em terreno onde funcionava um estacionamento. Com moderna arquitetura, o edifício tem nove andares e alguns abertos para formar o pé direito duplo. O uso de placas de vidro ajudam a compor o conjunto com a entrada de luz natural.

Os elevadores tem um sistema de energia que permitem a economia de até 75% no consumo, e todos os espaços são climatizados. Também foi adotado o sistema de aquecimento solar e de água de reúso nas descargas dos banheiros, com captação de água da chuva em dois reservatórios.

Logo na entrada, escadas rolantes conduzem os visitantes ao quinto andar, batizado de praça do IMS. De lá pode se acessar às mais variadas salas de exposição, além do espaço reservado ao cinema, biblioteca, café e restaurante. A biblioteca é dedicada, exclusivamente, à fotografia e terá capacidade para abrigar até 30 mil itens.

Na praça do IMS ficará exposta a obra Viúva Negra, de Alexander Calder (1898-1976), que esteve na sede do do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) desde 1954. Esta escultura, criada em 1948, é um dos maiores móbiles de Calder, com 3,5 metros de altura e 2 metros de comprimento, protegida como Patrimônio Cultural e Artístico Federal, Estadual e Municipal.

Mais informações e a programação completa no www.ims.com.br.

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