A pirâmide de Tláloc possuía 450 metros de comprimento de cada lado – quase o dobro da pirâmide de Queóps, no Egito
CLAUDIO SCHAPOCHNIK
Enviado a Cholula/México
Além de belas igrejas com obras no estilo barroco mexicano, a cidade de Cholula, a apenas dez quilômetros de Puebla, traz um outro tesouro histórico-arquitetônico. São as ruínas da que foi a maior pirâmide do mundo quanto à base, dedicada ao deus supremo da chuva, na cultura asteca, Tláloc. Você pode caminhar em um circuito de túneis cavado pelos arqueólogos, nos anos 1930, necessário para o trabalho deles. Tudo isto fica na Zona Arqueológica de Cholula. Imperdível!
Segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México, a pirâmide de Tláloc possuía 450 metros de comprimento de cada lado – quase o dobro da pirâmide de Queóps, no Egito, que tem 230 metros de comprimento de cada lado.
Os indígenas mexicanos a construíram de não uma vez apenas. Foram várias sobreposições de pirâmides até alcançar estas medidas.
A construção da pirâmide dedicada a Tláloc teve início no século 2 A.C. e se acredita que foi concluída entre 900 e 1.100 D.C. À chegada dos espanhóis, no século 16, a construção estava abandonada e, para afirmar que agora eram os dominadores, os europeus construíram a partir de 1594 uma igreja em honra a Nossa Senhora dos Remédios. O templo sofreu um incêndio no século 19 e foi reformado.
A dominação espanhola em Cholula foi a custa de muitas vidas. Os espanhóis, liderados por Hernán Cortés (1485-1547), mataram milhares de indígenas e para cada templo asteca ergueram uma igreja.
O PASSEIO PELOS TÚNEIS
O passeio pelos túneis na antiga pirâmide vale a pena e é seguro. Não senti medo nem claustrofobia. Alguns trechos são baixos e não há como se perder. Em 280 metros de extensão iluminados, dá para ver alguns trechos da enorme construção.
Repito: estes túneis não foram escavados pelos indígenas mas, sim, pelos arqueólogos na década de 1930.
O caminho de túneis é uma das três áreas da Zona Arqueológica de Cholula. As demais são o Museu do Sítio da zona, com três salas de exposição permanente; e a área aberta constituída pelos pátios cerimoniais do sul e do poente da pirâmide.
Vindo de Puebla, a melhor forma de se chegar a Chiolula é por um trem turístico. Para saber horários e tarifas, clique aqui.
Mais informações: www.puebla.travel/es/cholula e www.visitmexico.com.
O TurismoEtc viajou a convite do Conselho de Promoção Turística do México (CPTM), com seguro de viagem GTA
