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Turismo ETC

As tradições dos vaqueiros no sul da França

Publicado por: Da Redação / Publicado em: 30/05/2016
Os vaqueiros e as vaqueiras que fizeram a apresentação: alguns são voluntários e participam para manter viva a tradição
Os vaqueiros e as vaqueiras que fizeram a apresentação: alguns são voluntários e participam para manter viva a tradição

CLAUDIO SCHAPOCHNIK
Enviado a Castries/FRANÇA

Quando a gente pensa em vaqueiro e cowboy, logo vem à mente um homem (ou uma mulher) com botas de cano alto, cinto com fivelas muitas vezes enormes, camisa com adereços (franjinhas), quase sempre calça jeans e um chapéu na cabeça. Na França, esse profissional que lida com o gado é igual, porém de uma maneira mais sóbria, sem qualquer ostentação. Essa é uma das observações que se faz no passeio dentro do âmbito do Turismo Rural na fazenda dos irmãos Vitou. A propriedade fica em Castries, cidadezinha pacata localizada a 15 quilômetros de Montpellier, na região de Languedoc-Roussillon-Midi-Pyrénées, no sul da França.

O passeio é feito em charrete
O passeio é feito em charrete

Na fazenda, os irmãos Vitou criam touros da raça francesa Camarga (Camargue, em francês). É o nome de uma região não distante de Castries, localizada no delta do rio Ródano (Rhône, em francês), que deságua no mar Mediterrâneo após percorrer pouco mais de 800 quilômetros desde a nascente na Suíça.

Entre outras características, o gado Camarga tem os chifres em forma de lira. A carne, que não provei, é considerada saborosa e servida normalmente mal passada.

Animal da raça francesa Camargue
Animal da raça francesa Camargue

Na fazenda, os irmãos Vitou também cultivam oliveiras para fazer azeite e uva para fazer vinho. Tudo isso é visitado de forma guiada, em francês, conduzido pelos integrantes da família. É uma experiência que vale a pena.

Todo o tour é feito em charretes, que levam até dez turistas cada. No caminho, as vistas dos olivais, da variedade picholine, e das parreiras com informações valiosas.

O tour é feito em charretes
O tour percorre a fazenda
O olival da fazenda
O olival da fazenda

APARTAÇÃO DO GADO
O ponto alto da visita na fazenda é a apresentação de uma apartação de um boi. Tudo isso sentado bonitinho na charrete. Ficar de é proibido. Motivo: seja com a charrete em movimento ou parada, o cavalo que a conduz pode, inesperadamente, se mover e aí a pessoa pode cair e se machucar.

O espetáculo começa solene, com a chegada dos vaqueiros e das vaqueiras também de outras fazendas que, segundo a tradição, têm de ser aplaudidos – pois eles estão lá, voluntariamente, unicamente para manter a tradição. Entre os cavaleiros, havia uma criança de cinco anos que participou da apresentação.

O líder dos vaqueiros agradece as palmas dos turistas
O líder dos vaqueiros agradece as palmas dos turistas

Os touros são utilizados também em corridas na região, cuja tradição chegou da vizinha Espanha no século 19. O objetivo das pessoas que participam das corridas, realizadas em pequenos povoados junto com celebrações de santos e santas, é retirar um prêmio colocado na cabeça do boi.

Assim que transferem o gado de um pasto para uma área livre, o espetáculo começa. Os vaqueiros e as vaqueiras se aproximam e, de repente, um ou dois animais do rebanho se separam da manada. São esses que serão apartados e conduzidos, em alta velocidade, para uma volta no gramado e depois reconduzidos ao grupo.

Vaqueiro aparta bois na apresentação
Vaqueiro aparta bois na apresentação
Vaqueiros observam os touros
Vaqueiros observam os touros
Os bois apartados são conduzidos pelos vaqueiros e pelas vaqueiras
Os bois apartados são conduzidos pelos vaqueiros e pelas vaqueiras

Entre os vaqueiros há uma certa hierarquia. O líder é aquele que segura um cabo de madeira com um metal no final – na forma de quarto crescente da lua virado para cima. É para ser utilizado se o touro se aproximar demais do cavalo com o vaqueiro. Segundo os irmãos Vitou, apenas encosta-se a ponta no boi sem a intenção de ferir o animal.

SABOROSA DEGUSTAÇÃO
Ao final da visita na fazenda ocorre uma gostosa degustação de azeite e vinho – ambos podem ser comprados também.

O azeite é muito saboroso e de primeira qualidade. Segundo os irmãos Vitou, para cada litro de azeite são necessários de 12 quilos a 14 quilos de azeitonas.

A mesa para degustação de vinho e azeite
A mesa para degustação de vinho e azeite

NA INTERNET:
Fazenda: www.manadevitou.com
Site da cidade: www.castries.fr
Turismo na região: www.destinationsuddefrance.com

A reportagem do TurismoEtc viajou a convite da Air France e Atout France, com seguro de viagem da Intermac Assistance

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