
JULIANA BORGES
Enviada a Belo Horizonte/MG
A cidade de Belo Horizonte reserva diversas surpresas aos visitantes. Com 119 anos de idade, o município pode ser considerado jovem ao ser comparado com outras cidades de Minas Gerais — como Ouro Preto, que tem 306 anos. A juventude, no entanto, não significa que BH não abrigue cultura e história nos muitos museus e nas várias belíssimas paisagens espalhadas por toda a extensão. Para quem ainda não conhece esse surpreendente destino, uma boa opção é separar um final de semana para se dedicar a ele. Confira um roteiro para essa viagem.
DIA 1
Para aproveitar o final de semana, a primeira dica é começar a viagem na sexta-feira. Uma boa opção de hospedagem é o eSuites Savassi, localizado em uma área nobre de Belo Horizonte. Chegue no fim da tarde e conheça o hotel, que conta com spa, bar, sauna, academia e apartamentos novos e modernos. Para fechar a noite e economizar as energias para o dia seguinte, a indicação é o restaurante da propriedade, Empório Toscanini, que serve pratos da cozinha mediterrânea e contemporânea. Quem não se importar com um pouco mais de agito, pode aproveitar para conhecer os bares e as opções de entretenimento noturno do bairro Savassi, sem precisar se deslocar muito.
DIA 2

Na manhã de sábado é possível optar por tomar café da manhã também no hotel (que conta com delícias mineiras) ou se alimentar ao chegar ao primeiro ponto do dia: a Praça da Liberdade, uma das principais da cidade.
O espaço conta com um circuito cultural com 15 instituições, entre museus e centros de cultura e formação. O circuito foi inaugurado em 2010 e ocupa antigos prédios públicos da cidade, se destacando também pela arquitetura.
A Praça da Liberdade é bem cuidada, com diversas árvores e flores, além de um lago. Dela, é possível avistar um dos muitos prédios de BH projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Edifício Niemeyer. Com suas inconfundíveis curvas, o prédio lembra o Edifício Copan, situado em São Paulo, e foi projetado no mesmo período que ele (na década de 1950).

Entre os espaços culturais da praça, alguns dos que valem a visita, e estão abertos na parte da manhã, são o Centro Cultural Banco do Brasil — que conta com um charmoso café, além de exposições permanentes e também temporárias —, a Casa Fiat de Cultura e o Espaço do Conhecimento — que tem como tema tecnologia e interatividade. O Centro de Arte Popular Cemig e o Museu Mineiro também são boas opções, mas abrem apenas às 12h aos sábados.
Próximo a Praça da Liberdade, a próxima parada é o Mercado Central. Afinal, como voltar de viagem sem levar as delícias de Minas? Em especial, os queijos e o doce de leite. No local, os próprios comerciantes indicam aos turistas quais são as melhores marcas e oferecem degustação dos produtos.

Também é possível comprar diversos outros ingredientes, como temperos, e lembranças da cidade no Mercado. A dica dos belo-horizontinos é experimentar o fígado com jiló, tradicional especialidade local. No Mercado também é possível almoçar ou comer um petisco, são diversas opções para agradar também a quem não gostar da indicação número um.
A tarde é o momento de conhecer a Pampulha. A região conta com uma lagoa homônima que está rodeada por um conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer. São quatro prédios. O primeiro deles é a Igreja de São Francisco de Assis, que possui curvas arredondadas e obras de Cândido Portinari no interior. Por fugir do estilo padrão das demais igrejas (tanto pela forma com quem foi projetada, quanto pelas obras de Portinari), o espaço demorou a ser aceito por autoridades eclesiásticas e passou 14 anos fechado.



Os demais espaços do conjunto são o iate tênis clube, o Museu de Arte da Pampulha e a Casa do Baile. O museu foi inaugurado como o Cassino da Pampulha, enquanto o jogo ainda era permitido no País. O objetivo era atrair pessoas com alto poder aquisitivo para a região e incentivar a vida noturna de Belo Horizonte. Com a proibição do jogo, no entanto, o local foi fechado em 1946, para reabrir em 1957 como o Museu de Arte.
Se o Cassino era dedicado a classe mais alta, a Casa do Baile servia na época como opção de entretenimento noturno para o restante da população, com um salão de mesas e pista de dança. Atualmente o espaço é um Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design, recebendo exposições temporárias. Ele também conta com um pequeno café, onde é possível parar para um lanche com a bela vista da lagoa.



Próximo a Pampulha ainda estão a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Aeroporto da Pampulha e os estádios Mineirão e Mineirinho.
Para finalizar o dia, a dica é jantar no Bar e Restaurante Varandão, localizado no rooftop do Belo Horizonte Othon Palace. O local oferece uma visão ampla da cidade e oferece pratos da cozinha internacional e nacional, em especial da culinária mineira.
DIA 3

Próximo a Belo Horizonte, a cerca de 1h30, está a cidade de Brumadinho, que abriga um locais mais surpreendentes no que diz respeito à arte contemporânea e a botânica no País: Inhotim (leia mais aqui). O instituto é uma mistura de museu com jardim botânico e abriga mais de 4.200 espécies de plantas e 23 galerias de arte contemporânea.
A indicação é sair bem cedo no domingo de BH para chegar ao local no horário de abertura, às 9h30, e estender a visita até o final da tarde. Há tanta coisa para ver que os guias indicam de dois a três dias, mas mesmo com pouco tempo, a visita é imperdível!

É possível almoçar por lá, são dois restaurantes, o Tamboril (que tem opção de bufê livre por R$ 79, incluindo sobremesa) e o Oiticica, self-service com o valor de R$ 43 o quilo. No decorrer do dia também é possível parar para tomar um café no Café das Flores ou no Café do Teatro.
De volta a Belo Horizonte, termine o dia no restaurante Quinto do Ouro, que oferece uma experiência agradável, com música ao vivo, decoração luxuosa e pratos deliciosos.
QUEM LEVA
A partir de São Paulo, a Avianca Brasil lançou recentemente quatro voos diários para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins. Os horários são bem distribuídos ao longo do dia e o voo conta com serviço de bordo sem cobrança adicional, com sanduíches quentes ou frios, e bebidas variadas, e sistema de entretenimento individual. Além disso, a companhia mantém um dos melhores históricos de pontualidade entre as aéreas.
O TurismoEtc viajou a convite da Avianca Brasil, em parceria com a Secretaria de Turismo do Estado de Minas Gerais e da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur)