A viagem se torna mais interessante quando se tem a opção de escolher roteiros culturais e históricos nos dois municípios do Amazonas
A viagem de São Paulo para Manaus foi muito boa. A rota operada pela Tam com um triple 7 garante um conforto extra, já que a aeronave robusta segue para Miami com uma centena de passageiros. Mas aqui a história é outra. O TurismoEtc foi convidado pela Amazonastur para cobrir o 50º Festival Folclórico de Parintins que aconteceu nos dias 26, 27 e 28 de junho. Mas o primeiro destino foi Manaus. Em apenas um dia, conhecemos alguns lugares interessantes que valem pela riqueza histórica e cultural.
Nossa primeira parada foi na Praia de Ponta Negra. Considerado o metro quadrado mais caro da capital Manaus, Ponta Negra agora oferece mais opções de lazer – ali existe uma praia artificial banhada pelo Rio Negro – como por exemplo, teatro ao ar livre, praça de alimentação, além de atividades esportivas e de lazer.
O caminho continua pela praça São Sebastião – que tem uma igreja de mesmo nome e foca bem em frente ao Teatro Amazonas, de 1896 – símbolo da riqueza no Ciclo da Borracha – hoje abriga os principais espetáculos que visitam Manaus. O Mercado Municipal Adolpho Lisboa e porto localizado às margens do Rio Negro dão um toque de charme à cidade, que ali ainda parece provinciana.
Voo curto – Da capital seguimos para Parintins. De barco são aproximadamente 7h. Mas fomos de avião, cerca de 1h de voo entre Manaus e a terra azul e vermelha dos Bumbás. A cidade abriga uma beleza única, dividida ao meio entre o vermelho e o azul, as cores dos bois Garantido e Caprichoso, personagens de uma batalha anual que mobiliza os moradores em torno da encenação do boi-bumbá. Ali, no Bumbódromo acontece o Festival Folclórico de Parintins.
O festival, sempre no último final de semana de junho atrai mais de 60 mil visitantes todos os anos. E nesses três dias, os bois do Garantido e do Caprichoso deixam seus “currais” – espécies de quadras de escolas de samba- para viver um enredo simples, porém com criatividade jamais vistas nos Carnavais do Rio ou São Paulo. Tudo isso ao som dos tambores -levado por mais de 400 ritmistas- e de ao menos uma dezena de toadas, que ajudam a espantar a monotonia.
Guerra das cores – A cidade se transforma para a festa. Nas ruas tudo muda. Sejam os telefones públicos com forma do boi, postes de luz e placas de trânsito pintados de azul e vermelho ou até a cerveja – que tem latas de duas cores., Mas o mais impressionante é que a Coca-Cola é azul por lá, no lado do Caprichoso. Com pouca infraestrutura, a cidade lota no período da festa. Quase não há oferta de hospedagem, e muita gente se amontoa nas redes esticadas nos barcos ancorados na margem do rio. O destino é digno de uma visita. Ano que vem eu volto!
O TurismoEtc viajou à convite da Amazonastur com hospedagem do Hotel Tropical Manaus
