
CLAUDIO SCHAPOCHNIK
Enviado a Castries/FRANÇA
Situada a apenas 15 quilômetros e no máximo 30 minutos de Montpellier, na região de Languedoc-Roussillon-Midi-Pyrénées, no sul da França, a pequena cidade de Castries se insere na herança romana e oferece algumas atrações interessantes para quem aprecia sobretudo o patrimônio histórico.
Na Antiguidade, Castries foi uma parada no chamado Caminho Domiciano. Foi uma estrada construída pelos romanos para unir a Itália à Península Ibérica.
Bem pacata, Castries revela ao turista assim que chega à cidade um antigo aqueduto – um dos cartões-postais locais. O engenheiro que o projetou é bam famoso: Pierre-Paul Riquet (1609-1680), o mesmo construtor do Canal du Midi – canal que liga Toulouse a Sète, no mar Mediterrâneo, em uma extensão de 240 quilômetros. Aberto em 1681, é Patrimônio Mundial da Unesco desde 1996.

O antigo aqueduto foi erguido em 1676 com um único propósito: abastecer de água os jardins do castelo de uma família nobre local, muito próxima do rei Luís 14 (1638-1715). A obra possui sete quilômetros de extensão, sendo quase dois quilômetros correndo acima do solo.
Seguindo a parte externa do antigo aqueduto, chega-se ao Castelo de Castries, outro cartão-postal do município. Antes, porém, observa-se a nova igreja de Saint Etienne, da segunda metade do século 19, e o terreno do antigo templo com a mesma devoção, de séculos atrás.


Esta igreja, como várias outras no sul da França, foram destruídas na época das guerras de religiões envolvendo protestantes e católicos ocorridas no final do século 16. Para se ter uma ideia, assista abaixo ao trailer de A Rainha Margot, de Patrice Chéreau (1994).
JARDINS TÊM CRIADOR FAMOSO
A primeira menção do Castelo de Castries é do final do século 11. Séculos mais tarde, com a Revolução Francesa, o prédio teve outras utilizações. Em 1830, foi comprado por um membro da família proprietária. O castelo também foi de propriedade da Académie Française e, mais recentemente, tem o município de Castries como dono.


Do desenho original, a terceira ala foi destruída e assim permanece. No interior do castelo há uma exposição de quadros de integrantes da família outrora dona do imóvel. Na parte externa, dá para ver os jardins.

O paisagismo leva a assinatura de André Le Nôtre (1613-1700), jardineiro do rei Luís 14. Os jardins do Palácio de Versalhes, pertinho de Paris, é, talvez, a obra mais famosa de Le Nôtre.
No entanto, a maior parte dos jardins, que é avistado de um tipo de mirante, em um jardim menor com uma fonte, merece uma manutenção de acordo com o que era e com um autor tão talentoso. O motivo da ausência da manutenção conhecemos bem por aqui: falta de verba motivada pela crise econômica. Uma pena, sem dúvida!


Mas isso não tira o brilho de uma visita a Castries. Umas duas horas são mais do que suficientes para conhecer esses cartões-postais.
NA INTERNET:
Cidade: www.castries.fr
Turismo na região: www.destinationsuddefrance.com
A reportagem do TurismoEtc viajou a convite da Air France e Atout France, com seguro de viagem da Intermac Assistance