CLAUDIO SCHAPOCHNIK
Enviado ao Deserto do Neguev/ISRAEL
En Gedi (fala-se “Guedi”) é um verdadeiro oásis e um complexo de atrações ligadas à natureza, ao esporte e ao patrimônio histórico no deserto do Neguev, no sul de Israel. É ainda o nome de uma reserva natural e de um parque nacional israelenses. Conheci apenas uma pequena parte, e a vontade é de conhecer tudo. Mas isso fica para uma próxima viagem ao destino.
A localização é interessante. En Gedi fica à margem do Mar Morto, o local mais baixo da Terra – pouco mais de 400 metros abaixo do nível médio dos oceanos. En Gedi fica pertinho da fronteira de Israel com a Cisjordânia e, desde o parque/reserva, quando olhando em direção ao mar, dá para observar a Jordânia do outro lado da água – caracterizada por uma alta montanha de rocha “pelada”. A presença humana na região data de mais de 4.000 anos antes de Cristo, de acordo com vestígios arqueológicos.
Minha visita à En Gedi foi para fazer uma pequena trilha que leva a três cachoeiras. Sim, o local é abençoado com muita água que vem das chuvas que caem nas montanhas da Judeia. Infiltrando-se na terra, a água brota em En Gedi dando origem a dois pequenos riachos, chamados pela palavra árabe wadi – o Wadi Arugot e o Wadi David.
Como há água em abundância, há vida em abundância também: árvores, arbustos e uma fauna rica composta por mamíferos como cabritos selvagens, leopardos, hienas, lobos, raposas, roedores de pequeno porte, répteis e bastante insetos e aves.
Na entrada do Parque Nacional há uma boa infraestrutura, com banheiros, área para picnic, bebedouros, lockers, lanchonete e loja de lembranças. O ingresso para adulto custa 29 shekels – pelo câmbio atual, cerca de R$ 29.
Na primeira parte da trilha, que é de nível (muito) fácil, o caminho é cimentado e cheio de árvores. Foi em uma delas que, acompanhado pelo meu guia de turismo, Ilan Chezar, vi um beija flor lindo e, com muita sorte, fiz uma foto da cena. Bingo!
Logo adiante vi a primeira cachoeira: pequena, bem pequena. Uns passos mais acima, olhando para os paredões do cânion, vi a segunda, um pouco mais encorpada. Alunos israelenses brincavam na área. Mas a melhor viria minutos depois, com a terceira da trilha.
Aí, sim. Essa cachoeira tem uma queda d´água de uns cinco metros de altura. E o melhor: banhos são permitidos! Entrei timidamente, ainda que o mormaço convidava à água, estava gelada… Depois me acostumar à temperatura fui lá na jacuzzi natural. Que delícia.
En Gedi é isso e muito mais, como as ruínas de uma sinagoga da Antiguidade, mais trilhas e uma praia no Mar Morto. Aliás, vale muito a pena curti-lo. Você vai boiar numa boa graças à enorme salinidade da água – daí o nome do mar, já que não há vida.
Meu guia de turismo, o Ilan, no entanto, disse que há evidências de vida no Mar Morto, com a presença de dois micro-organismos que conseguem viver naquele ambiente salgadérrimo.
Geralmente as pessoas passam algumas horas em En Gedi, mas caso você queira ficar por lá mais tempo, há um hotel no kibutz – propriedade coletiva – de mesmo nome. O site é o www.ein-gedi.co.il/en/. Para mais informações sobre o parque e a reserva, clique aqui. En Gedi, imperdível!
O TURISMOEtc viajou a convite do Ministério do Turismo de Israel, com seguro de viagem da Intermac Assistance
